
Mais uma vez a senhora Dulciléia Rangel1
colabora conosco e nos relata comparativamente sobre os serviços de
transportes coletivos no Brasil, especificamente no Grande Rio, e a
Espanha, aonde ela residiu durante um bom tempo. Nesta colaboração
ele nos relata que exite uma imensa diferença nas formas e nas
condutas cotidianas, aproveitamos para lançar a nossa crítica
relativa a inexistência de educação e bom-senso dos usuários dos
ônibus coletivo.
Dulciléia
Rangel: “Roberto. Eu pergunto, se o motorista atualmente
pode fazer o papel de cobrador, em alguns ônibus, por quê, então
ele precisa sair com o ônibus ainda com as pessoas se acomodando
para sentar?”
Roberto
Bastos: “Imediatismo de nossa cultura.”
Dulciléia
Rangel: “Aliás...isso ocorre até com as pessoas que estão
entrando no ônibus, mesmo quando há um cobrador no coletivo. Isso
não tem cabimento!!!”
Roberto
Bastos: “É
verdade. Muita gente se machuca neste processo. E tudo para fazer
ficha ou número e atender ao imediatismo deste povo bárbaro.”
Dulciléia
Rangel: “Na
Espanha, aonde morei durante um tempo não é assim.”


Roberto
Bastos: “Cara
senhora. Poderia então nos relatar e comparar como é na Espanha?
Este país europeu considerado por alguns oligofrênicos como apenas
um país “Ibérico”.”
Dulciléia
Rangel: “Na
Espanha o condutor de ônibus faz o papel de cobrador, também. Ele
para no ponto de ônibus as pessoas sobem educadamente, saúdam o
condutor, ele cobra os usuários e estes se sentam. Ele, ao final
deste processo, verifica se estão todos sentados para, assim,
partir com o ônibus.”
Roberto
Bastos: “Nossa!!!
Seria magnifico e justo se ocorre aqui no Brasil este procedimento.”
Dulciléia
Rangel: “Pois
é. É uma questão de educação, de polidez e de urbanidade. Aqui
no Brasil parece que não tem e se recusa a ter, isso é muito
triste. E no Brasil se o motorista não pode falar ao celular, então por que ele deveria cobrar a passagem enquanto dirige? Isto é o equivalente ao falar ao celular.”
Roberto
Bastos: “O
Brasil perdeu sua civilização desde a proclamação da República.
Perdemos o nosso rumo civilizatório e hoje se exalta a barbárie, a
oligofrenia, a oclocracia, a desonestidade e a bestialidade.”
Dulciléia
Rangel: “Ah!!!
Outra questão. O abuso de aparelhos de sons em altura máxima,
utilizadas por gente mal educada nos ônibus. Ainda mais, quando é o
funk. Na Espanha respeita-se o espaço do outro as pessoas utilizam
seus fones de ouvido para ouvir. E olha que não é Lei, mas força
do costume.”



Roberto
Bastos:“Vou te
responder esta através de dois artigos, que recomendo você ler -
“Música Clássica e Educação” e “A Ética em processo de
extinção”2,
esta de autoria da senhorita Ísis Nogueira, colunista do Gosto de
Ler . Não existe mais no país, principalmente no Rio de Janeiro, o
respeito pelo próximo e nem o respeito e cumprimento das Leis,
típico na democracia.”
Dulciléia
Rangel: “As
pessoas precisam aprender a respeitar o outro não somos obrigados a
ouvir o que os outros ouvem.”
Roberto
Bastos: “Isto
é chamado de oclocracia, ou seja, a tirania do populacho
desclassificado e ignóbil sujeitando seus desejos bestiais na
sociedade. Mais uma vez agradeço a tua colaboração ao site Gosto
de Ler.”
Dulciléia
Rangel: “De
nada, foi um prazer colaborar convosco.”
Contudo não terminamos aqui este artigo pois, além de
registro oral da senhora Dulciléia Rangel o relato de um condutor3
do BRT (Bus Rapid Transport) e uma visão do próprio autor
referente ao público. Este condutor nos relata que diversas pessoas
entram por fora da estação do BRT para não pagarem as passagens,
ou seja, ressurge a figura do “caloteiro”. Além do presente
autor ver pessoas utilizando o espaço de circulação do BRT como
ciclovia ou passarela, atravessando aonde não deve ser atravessado.



Se as pessoas não querem pagar o valor devido então
protestasse contra o valor da passagem que hoje se encontra no valor
abusivo e paradoxal de R$3,40 no Rio de Janeiro, em São Paulo
(capital) o valor é de R$3,50. Os protestos e o descontentamento foi
apenas em junho de 2014 e ficou por isso mesmo.
Retomando o raciocínio referente a relação
público/BRT esta modalidade de transporte foi uma interessante
iniciativa para as cidades, porém não contou com um povo
mal-educado, desonesto e velhaco que faz de tudo para levar vantagem
desnecessária.


Notas e referencias:
1N.A.
(Nota do Autor) – A química Dulciléia Rangel colaborou com o
artgo referente ao contexto musical da década de 1970 através de
uma entrevista concedida.
2Ver
artigo de Ísis Nogueira em
http://www.gostodeler.com.br/materia/14736/a_etica_em_processo_de_extincao.html?sms_ss=blogger&at_xt=4d67c1679dde5c51%2C0
3N.A.
- Do qual preservaremos o seu anonimato a fim de protegê-lo.